A
presente monografia, incorpora parte de trabalhos temáticos já
publicados pelo autor em diversos livros, e nestes foi
dito, e refriso, que
as informações em relação ao tema URM destina-se
a formação acadêmica com discussões de formação médica,
farmacológica científica.
Alertando
que o exercício
da medicina e
da atividade farmacêutica devem
ser realizados
por profissional habilitado junto ao CRM e
CRF de
seu Estado.
Os
leitores não médicos e estudantes de
graduações fora
das carreiras médicas e paramédicas cautelas no uso das informações
aqui consignadas.
Uso
racional de medicamento na medicina geral e especializada pode
simplesmente ser traduzida para a expressão contextual em que
envolve
o processo pelo qual o farmacêutico coopera com outros profissionais
e com o paciente no desenho, implementação e monitorização do
plano terapêutico do último. Esse, como agente responsável pelo
tratamento, apoiado na equipe multiprofissional (Hepler & Strand,
1999).
1.1
Contextualização.
No
contexto desta monografia o autor busca desenvolver as bases para
que em um mestrado, doutorado e pós-doutorado em medicina, possa se
demostrar a necessidade de ser instituído protocolos científicos de
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS a partir das ideias centrais da atenção
farmacêutica.
Na
prática do
profissional de farmácia a
Atenção Farmacêutica deve garantir o
fomento racional, cauteloso na
terapia medicamentosa com o propósito de alcançar resultados que
melhorem a qualidade de vida do paciente.
Em
protocolos futuros devemos apontar através de pesquisas que os
medicamentos a serem prescritos em unidades hospitalares possam
apresentar perspectivas
de resultados,
como por
exemplos:
1)
Cura da doença;
2)
Eliminação ou redução dos sintomas;
3)
Diminuição da progressão da doença; e
4)
Prevenção de doenças ou de outras condições indesejáveis
(Hepler & Strand, 1990).
Já
existem grupos diversos que estudam a matéria USO RACIONAL DE
MEDICAMENTOS e concluir por recomendar diferentes
metodologias de seguimento farmacêutico nessa prática.
Citemos
aqui um exemplo emblemático que é desenvolvido na
Clínica de Atendimento Multidisciplinar à Prevenção e ao
Tratamento da Toxicomania - CAMT, onde
estudos desenvolvidos seguiu
o Programa Dáder e Segundo Consenso de Granada para Classificação
de Problemas Relacionados a Medicamentos (Dáder
et al., 2002; Grupo de Investigación en Atención Farmacêutica,
Grupo de Investigación en Farmacología Aplicada y Farmacoterapia,
Grupo de Investigación en Farmacologia de Productos Naturales,
2002).
Neste
desiderato os pesquisadores desenvolveu um
instrumento de educação sanitária, que consta das seguintes
diretrizes:
-
Posologia no uso de medicamentos;
-
Uso correto de medicamentos;
-
Reações adversas no de medicamentos;
-
Precauções no uso de medicamentos;
-
Armazenamento correto de medicamentos.
Utilizou-se
como referências teóricas o preconizado pelo Ministério da Saúde,
WHO (2002) e DRUG (2002).
1.1.1
Posologia no uso de medicamentos.
A
posologia está relacionada com o tempo de ação e a dose
terapêutica do medicamento em questão.
Um
esquema posológico racional baseia-se na pressuposição de que
existe uma concentração-alvo que produzirá
o efeito terapêutico desejado.
Posologia
é a forma de utilizar os medicamentos, ou seja, o número de vezes e
a quantidade de medicamento a ser utilizada a cada dia – que
varia em função do paciente, da doença que está sendo tratada e
do tipo de medicamento utilizado. Após vários estudos, chegou-se ao
conceito de janela terapêutica, que compreende a concentração
plasmática mínima da droga necessária para fazer o efeito e a
concentração máxima acima da qual o fármaco apresentará
efeitos tóxicos.
1.1.1.1
Janelas Terapêuticas.
Para
exemplificar as janelas
terapêuticas.
Vejamos.
Na
prática, o índice terapêutico é calculado a partir da razão
entre a dose letal da droga para 50% da população (DL 50), pela
dose mínima efetiva em 50% da população (DE 50). Índice
terapêutico = dose tóxica/dose efetiva. O índice terapêutico de
um fármaco é a razão entre a dose tóxica e a dose capaz de
produzir a resposta clinicamente desejada.
A
concentração terapêutica situa-se entre as concentrações
geradoras de efeito mínimo eficaz (limite mínimo) e efeito tóxico
(concentração máxima tolerada, limite máximo).
A
relação entra as concentrações terapêuticas e tóxicas é
chamada índice terapêutico (I.T.) do fármaco; medicamentos com
amplo I.T. apresentam uma ampla faixa de concentração que leva ao
efeito requerido, pois, as concentrações potencialmente
tóxicas
excedem nitidamente as terapêuticas, esta faixa de concentração é
denominada “janela
terapêutica”.
Infelizmente,
muitos fármacos apresentam uma estreita janela terapêutica (I.T. <
10), por apresentarem uma pequena diferença entre as concentrações
terapêuticas e tóxicas. Nestes casos, há a necessidade de
cuidadosa monitorização da dose, dos efeitos clínicos e mesmo das
concentrações sanguíneas
destes fármacos, visando assegurar eficácia sem toxicidade.